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dc.description.resumoEste estudo é um recorte da pesquisa de mestrado, intitulada “A centralidade da maternagem na relação pedagógica da educação infantil: o discurso de docentes e famílias usuárias de creche”, que teve como objetivo discutir a feminização do magistério, bem como a idéia da maternagem como norteadora da prática pedagógica na Educação Infantil, considerando o mito da mulher-mãe como educadora nata. A pesquisa molda-se como um estudo de caso, com abordagem qualitativa, realizado em uma creche estadual em Campina Grande-PB. Participaram da pesquisa dez professoras e dez integrantes de famílias usuárias da respectiva creche. Para discutirmos essa questão, necessário se fez caminharmos pela história da mulher, enfocando a construção do feminino como algo “natural”, onde discutimos os canais de inferiorização da mulher, ou seja, a construção do estatuto social da mulher eivado por estereótipos ou reducionismos, dentre eles, o discurso do médico higienista, que constitui-se o presente trabalho. O processo de urbanização e a consolidação do Estado Nacional no século XIX, implicava em uma nova organização da família (família burguesa), redefinindo o papel feminino no interior do lar, marcado pela valorização da maternidade e pela importância do amor familiar. Assim, os médicos chamados então de “higienistas”, “sanitaristas”, “higiênicos”, estabeleceram alianças com as famílias, visando, dentre outros interesses, um novo modelo de feminilidade, traduzido na questão esposa/dona-decasa/ mãe-de-família. O convencimento em voga sobre a existência de uma “natureza feminina”, expressa por fragilidade e afeto, legitimado pelo pensamento científico da época, levou estes médicos a discursos amedrontadores sobre as conseqüências maléficas de contrariar-se essa natureza. Para eles “desenvolver o cérebro, implicava em não nutrir o útero e, por isso, se o fizesse, ela não poderia mais servir à reprodução da espécie”. Os higienistas difundiram, ainda, a ideia de que “o cérebro do homem capacitava-o para as profissões intelectuais, enquanto o da mulher só lhe permitia exercer atividades domésticas”. Podemos ver que a nova ordem familiar produzida pela ordem médica investiu em conceitos que subestimaram e inferiorizaram a mulher, formando indivíduos domesticados de modo que todas as condutas que não correspondessem às exigências deste fossem consideradas antinaturais e anormais. Consideramos que o entendimento da condição da mulher é elucidativo para a compreensão de pontos da educação infantil.pt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.initialsUFCGpt_BR
dc.subject.cnpqHistória.pt_BR
dc.citation.issue2pt_BR
dc.titleO discurso higienista sobre a família moderna: a mulher sadia.pt_BR
dc.date.issued2010-
dc.identifier.urihttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/34162-
dc.date.accessioned2024-01-29T18:43:38Z-
dc.date.available2024-01-29-
dc.date.available2024-01-29T18:43:38Z-
dc.typeArtigo de Eventopt_BR
dc.subjectMulher sadiapt_BR
dc.subjectDiscurso higienistapt_BR
dc.subjectFamília modernapt_BR
dc.subjectCreche - famílias usuáriaspt_BR
dc.subjectHistória da mulherpt_BR
dc.subjectEstereótipos femininospt_BR
dc.subjectMédicos higienistas - famíliaspt_BR
dc.subjectQuestão de gênero - higienismopt_BR
dc.subjectEducação infantilpt_BR
dc.subjectHealthy womanpt_BR
dc.subjectHygienist speechpt_BR
dc.subjectModern Familypt_BR
dc.subjectDaycare - user familiespt_BR
dc.subjectWomen's historypt_BR
dc.subjectFemale stereotypespt_BR
dc.subjectHygienists - familiespt_BR
dc.subjectGender issue - hygienept_BR
dc.subjectChild educationpt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.creatorBRANDÃO, Soraya Maria Barros de Almeida.-
dc.publisherUniversidade Federal de Campina Grandept_BR
dc.languageporpt_BR
dc.title.alternativeThe hygienist discourse on the modern family: the healthy woman.pt_BR
dc.identifier.citationBRANDÃO, Soraya Maria Barros de Almeida. O discurso higienista sobre a família moderna: a mulher sadia. In: II Colóquio Internacional de História: fontes históricas, ensino e história da educação. GT 08: História da educação, inclusão social, diversidade e fronteiras de gênero. Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), 2º, 2010. Anais [...]. Campina Grande - PB, 2010. p. 1321-1329. ISSN: 2179 2010. Disponível em: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/34162pt_BR
Appears in Collections:Grupo de Trabalho 08: História da Educação, Inclusão Social, Diversidade e Fronteira de Gênero.

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