Franciely de Lucena Medeiros
Maria Joedna Rodrigues Marques
Entendemos, que os sertões são inúmeros, secos, verdes, calmos e modernos, contrariando, assim, a noção que os definia como distantes da contemporaneidade. Os sertões estão presentes na literatura, cinema, imprensa, novelas, mídias digitais, instituições, nos discursos intelectuais e políticos, de muitos que se voluntariam a escrever/descrever os sertões. Os usos dessas narrativas fomentam o arquivo (FOUCAULT, 2008), constantemente atualizado e reforçado, sendo possível compreender as inserções de terceiros, os conflitos com outras experiências e espacialidades. Enunciamos assim, a pluralidade do que é dito sertão (ALBUQUERQUE JÚNIOR, 2014), pois suas características não se resumem ao oposto da modernidade, enunciar os sertões contemporâneos é um ato político, pois ele parte da premissa que contrariamos o que já foi dito/escrito/visto a seu respeito. Buscamos sob esta ótica, acolher trabalhos que propõem leituras contemporâneas sobre os sertões, a partir das mais diversas possibilidades de investigação. Sejam narrativas literárias, mídias digitais, fotografias, cinema, instituições, produções audiovisuais, entre outros tipos de suportes ou dispositivos que estabelecem definições, compreensões e discursos sobre os sertões.
Issue Date | Title | Author(s) |
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2023 | “O sertão está em toda a parte”: análises dos sertões “contemporâneos” na moda brasileira. | VIEIRA NETO, João |
2023 | O sertão contemporâneo em trânsito: imagens – ação do sertão no filme Boi Neon (2015) de Gabriel Mascaro. | AZEVÊDO, Gleice Linhares de. |